Verão combina com praia, piscina, sol… e com cuidados redobrados para a proteção da pele. Neste ano, a campanha Dezembro Laranja, conduzida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), alerta para a importância de redobrar os fatores de proteção, e além de máscara e álcool em gel, não esquecer o protetor solar.
O câncer de pele não-melanoma é o tipo de tumor que mais afeta os brasileiros, com cerca de 180 mil novos casos a cada ano. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), ele corresponde a um terço do total de tumores diagnosticados no país.
O tumor ocorre devido ao crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos, definidos conforme a camada de pele afetada. Os mais frequentes são os tumores não-melanoma, com baixa letalidade (como o carcinoma basocelular, na epiderme, além do carcinoma espinocelular), e o melanoma, que é o tipo mais agressivo, devido à alta possibilidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos).
Todos os tipos de câncer de pele estão relacionados ao excesso de exposição solar, seja a exposição ao sol contínua, em pequenas quantidades, ao longo da vida, ou a esporádica, mas intensa e desprotegida, que pode levar a queimaduras, um dos fatores de risco para o desenvolvimento do tumor de pele. Outro ponto de destaque é exposição à luz artificial (azul) e a luz não visível, que pode contribuir para o desenvolvimento das células cancerígenas.
Também são fatores de risco para o tipo de melanoma o tipo de pele, motivos genéticos e outras causas externas.
Para prevenir este tipo de câncer, é preciso realizar a proteção da pele no dia a dia, mesmo que esteja em ambientes fechados e em dias nublados ou com mormaço, pois os raios ultravioletas (UV) atingem a pele da mesma forma. Porém, um dado alarmante: menos de 40% dos brasileiros preocupam-se com a fotoproteção diária, segundo pesquisa da Campanha Nacional do Câncer da Pele, da SBD.
Uma medida simples e eficaz é aplicar o filtro solar diariamente, com fator de proteção (FPS) 30 ou superior, e reaplicá-lo a cada duas horas ou após se molhar. Também é importante o uso de chapéus, blusas e óculos com proteção UV e guarda-sóis. Confira abaixo outras dicas para aproveitar o sol com tranquilidade e proteção:
A prevenção deve começar logo cedo, especialmente para as pessoas que pertencem ao grupo de risco:
– Pele e olhos claros, cabelos ruivos ou loiros, ou albinos;
– História familiar ou pessoal de câncer de pele;
– Exposição prolongada e repetida ao sol (raios ultravioletas – UV), principalmente na infância e na adolescência;
– Exposição a câmaras de bronzeamento artificial;
– Múltiplas pintas, cicatrizes ou feridas crônicas;
– Pacientes imunossuprimidos.
Caso apresente alguma das características acima, consulte um dermatologista e realize os exames periódicos com mais frequência, para o rastreamento do tumor de pele. Também é recomendável utilizar o filtro solar com maior fator de proteção (FPS 60).
Também é essencial visitar o dermatologista, pelo menos, uma vez ao ano. Faça o autoexame da pele frequentemente e sempre procure o especialista se perceber alguma alteração como manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram, feridas que não cicatrizam dentro de um mês, além de pintas ou sinais que mudam de tamanho, forma ou cor. Abaixo apresentamos os principais sinais de alerta da doença.
O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura do paciente. Caso encontre duas ou mais características da “regra do ABCDE” ou qualquer sinal suspeito, procure o especialista para a realização de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos. A investigação poderá ser complementada pelo exame de dermatoscopia (visualização de camadas da pele não vistas a olho nu). Em alguns casos, pode ser necessário biópsia para a confirmação do diagnóstico. Vale lembrar que a descoberta do tumor na fase inicial favorece o sucesso do tratamento, com procedimentos menos invasivos.
Procure orientação médica para o tratamento adequado, que pode incluir a realização de cirurgia para a retirada da pinta ou lesão, radioterapia ou quimioterapia, dependendo do estágio do câncer e condições do paciente. Quando há metástase, o câncer de pele melanoma costuma ser tratado com medicamentos imunoterápicos. A maioria desses procedimentos é realizada no Centro de Oncologia e Infusão do Hospital Santa Virgínia, que conta com equipe médica e assistencial especializada no tratamento humanizado de neoplasias, priorizando o conforto e o bem-estar do paciente.
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Além do atendimento ambulatorial em Dermatologia Clínica e Cirúrgica, o HSV dispõe de estrutura para a realização de procedimentos para a retirada de tumores de pele, oferecendo as melhores opções de tratamentos para cada caso, com o acompanhamento da equipe multidisciplinar e do cirurgião plástico, quando necessário. Para mais informações, ligue para (11) 2799-3230.
Este conteúdo foi revisado por Dra. Maria Silvia Bauab e Dra. Renata Storani, médicas dermatologistas do Hospital Santa Virgínia.