Popularmente conhecida como a “doença dos ossos”, a osteoporose é a perda acelerada da massa óssea e a diminuição da absorção de minerais e de cálcio, causando o enfraquecimento ósseo e maiores riscos de queda e fraturas. É mais comum em mulheres e em idosos com mais de 65 anos. Confira as orientações do Dr. Alexandre Fortini, geriatra do Hospital Santa Virgínia e saiba como prevenir e identificar precocemente a osteoporose.

 

Os fatores de risco são classificados em duas formas:

Maior – baixa massa óssea, fratura prévia, pessoas de pele clara, idade acima de 65 anos em ambos os sexos, história materna de fratura ou osteoporose, menopausa anterior aos 40 anos não cuidada, tratamento com corticoides e artrite reumatoide;

Menor – amenorreia (ausência de menstruação), hipogonadismo (baixa produção de hormônios) em homens, baixo índice de massa corpórea, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, imobilização prolongada, dieta pobre em cálcio, entre outros.

As mulheres têm maior predisposição para desenvolver a doença: cerca de três em cada quatro pacientes são do sexo feminino. “Isso ocorre devido à mudança hormonal no período de transição para a menopausa, havendo diminuição acentuada da massa óssea nos primeiros cinco anos pós-menopausa”, esclarece o especialista.

De início, a osteoporose não apresenta sintomas, tornando difícil o diagnóstico e o tratamento. “Geralmente, os sinais mais precoces da doença são decorrentes de um episódio de dor aguda nas costas, causada por uma fratura que comprime a coluna vertebral, ou por dor na virilha ou na coxa causada por uma fratura no quadril”, explica o geriatra.

 

O diagnóstico é realizado por meio do exame de densitometria óssea, que também avalia a osteopenia (estágio inicial da osteoporose). O procedimento é recomendado para mulheres acima de 65 anos e homens a partir de 70 anos. Para pacientes com fatores de risco, a prevenção começa mais cedo, entre 50 e 69 anos. “Estudos recentes demonstram que a realização periódica da densitometria óssea resulta em menor prevalência de fraturas futuras”, ressalta o médico.

O tratamento é feito à base de medicamentos, além de uma dieta rica em cálcio, composta por leite e seus derivados (como queijo e iogurte), peixe e verduras (espinafre, brócolis e folhas escuras). “O tabagismo e o consumo excessivo de cafeína devem ser evitados”, orienta o Dr. Alexandre Fortini.

Ações diárias são fundamentais para prevenir a osteoporose e riscos de queda, entre elas, manter uma vida ativa, evitar movimentos bruscos e a rotação do tronco ou sobrecarga da coluna vertebral. Algumas dicas são retirar os tapetes; evitar pisos muito lisos, mobiliários instáveis no domicílio e luminosidade baixa em local de movimentação à noite; instalar barras de apoio no banheiro e utilizar calçados antiderrapantes.

Os exercícios são importantes para a manutenção da densidade dos ossos. A prática regular potencializa o efeito dos medicamentos e colabora para melhorar a agilidade, a coordenação motora, a massa muscular e o equilíbrio, contribuindo para diminuir as quedas. São recomendadas: caminhada, corrida, bicicleta, dança, ginástica de solo e musculação.