Transmitida principalmente pelo contato próximo/íntimo com lesões de pele em pessoas infectadas, mas também podendo ocorrer após contato com secreções em objetos como roupas, roupas de cama, toalhas ou quaisquer superfícies de utensílios que tenham sido utilizadas por uma pessoa doente e ainda, mais raramente pelo contato através de gotículas respiratórias, a varíola do macaco tem preocupado as lideranças de saúde do mundo inteiro por sua rápida propagação em diversos países ao mesmo tempo.

Já conhecido por ser endêmico na África Ocidental e Central, o vírus tem apresentado aumento na transmissão e os sintomas, na maioria dos casos, são leves a moderados, tendo sido observados casos mais graves e raras mortes em portadores de imunodeficiência.

Embora ainda haja dúvida sobre os fatores de risco, causas e formas efetivas de tratamento, já se sabe que a principal forma de transmissão é o contato próximo/íntimo com as lesões que a doença causa na pele. Segundo estudos recentes, 96% dos casos já confirmados são explicados por contato direto com a barreira cutânea.

Os médicos pedem atenção de toda população com os sintomas que pode manifestar lesões genitais únicas ou múltiplas, feridas na boca e no ânus, e sensações iniciais como febre, fadiga, dor de cabeça e dores musculares. Além disso, após cerca de 5 dias do início da febre observa-se:

– Lesões na pele e manchas vermelhas;

– Coceira nas lesões (prurido);

– Aumento considerável dos gânglios (linfonodos).

A transmissão para outras pessoas continua acontecendo até que todas as lesões estejam totalmente cicatrizadas, por isso, ao ser diagnosticado com a doença o paciente deverá tomar diversos cuidados para evitar a contaminação de outras pessoas, entre eles:

– Manter-se em isolamento domiciliar, sem contato físico com outras pessoas até que todas as lesões tenham cicatrizado completamente.

– Separar e não compartilhar utensílios domésticos.

– Realizar a lavagem dos utensílios com água e detergente logo após a utilização.

– Realizar limpeza periódica de superfícies frequentemente tocadas como interruptores de luz, maçanetas, mesas etc.

– Realizar higiene de mãos antes e após o contato com quaisquer objetos.

– Não depilar áreas de pele que contenham lesões para evitar maior propagação do vírus

– Caso faça uso de lentes de contato, suspender o uso até a cura para evitar infecção ocular pelo vírus.

Muito foi falado sobre a Monkeypox estar associada e ser transmitida através de relações sexuais. De fato, há uma relação importante entre os casos até agora observados e o contato íntimo sexual, mas também há um aumento de infecções indiretas entre pessoas que não tiveram contato sexual com pacientes infectados, inclusive alguns casos em crianças. Ainda se fazem necessários estudos que avaliem melhor os principais fatores de risco e os meios de transmissão.

O vírus ainda está sendo estudado, assim como suas manifestações. O mais recomendado agora é se prevenir lavando sempre as mãos com água e sabão, higienizando equipamentos e utensílios de uso comum, e evitando ações como contato com animais doentes, mortos ou com suspeita de infecção, e o compartilhamento de toalhas e roupas de cama. Há também um grande alerta para que a prática de sexo seja feita sempre com proteção.

Fique atento as redes sociais do Hospital Santa Virgínia, pois estaremos sempre em busca de informações importantes sobre a doença!

Este texto contou com a colaboração e revisão do Dr. Daniel Machado, médico infectologista do SCIH do Hospital Santa Virgínia