A fibromialgia causa dor intensa e atinge o todo o corpo, sendo os principais sintomas a fadiga, insônia, indisposição, ansiedade e depressão. “A fibromialgia é uma doença frequente e muito mais diagnosticada atualmente, podendo ter causa hereditária (quando há casos na família) e sempre está ligada a fatores psicoemocionais”, explica a Dra. Elaine Nespoli, reumatologista do Hospital Santa Virgínia.
Esta “doença invisível” acomete, principalmente, as mulheres na faixa etária dos 30 a 50 anos (correspondente a 90% dos casos), provavelmente devido a questões hormonais. A cantora Lady Gaga relatou que sofre desta dor crônica, que começou após uma situação de estresse pós-traumático. “Não há fibromialgia se não houver estresse, depressão ou ansiedade”, ressalta a Dra. Elaine Nespoli.
Assim, o tratamento com equipe multidisciplinar é fundamental, incluindo fisioterapia, psicoterapia e psiquiatria, quando necessário. Além da prática regular de exercícios físicos, intercalando atividades aeróbicas (como caminhada), de fortalecimento (musculação) e alongamento (como pilates), sempre com acompanhamento profissional.
Segundo a reumatologista do HSV, a fibromialgia não é uma doença autoimune como a maioria das doenças reumatológicas e costuma haver maior frequência do aparecimento ou piora dos sintomas na menopausa. “As dores são generalizadas, pelo corpo todo, porém, não há sinais inflamatórios nas articulações”, comenta. O exame clínico é a principal maneira de diagnosticar a fibromialgia, com a avaliação física e a análise do histórico do paciente (anamnese).
A boa notícia é que a cura é possível, desde que o paciente siga as orientações médicas e busque o equilíbrio, eliminando os fatores estressores que poderiam “descompensar” a doença (por exemplo, abalos emocionais no ambiente profissional ou familiar). Entretanto, não são todos os casos em que é possível alcançar a cura.