Um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares é o colesterol elevado no sangue. Ele representa um conjunto de gorduras necessárias para o organismo exercer algumas funções, como a produção de determinados hormônios.

Nosso corpo, precisa do colesterol, mas é preciso ingeri-lo de forma equilibrada para manter as suas taxas na faixa da normalidade. Há dois tipos de colesterol: HDL, considerado o “colesterol bom”, e o LDL, que é o “colesterol ruim”.

O HDL é responsável por retirar o excesso de colesterol da circulação e levar ao fígado para ser excretado. Já o LDL é responsável pelo transporte de colesterol, produzido pelo fígado, para as células. O excesso de LDL na circulação aumenta o risco de formação de placas de gordura na parede das artérias (ateromas). Isto predispõe a ocorrência de obstruções destes vasos, que resultam em infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral, as principais causas de morte no Brasil.

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), disponibilizou uma lista do que se precisa saber sobre o colesterol para mantermos a saúde em dia. Confira, abaixo:

  1. Colesterol é necessário ao organismo – O colesterol é um tipo de gordura que faz parte da estrutura das células do cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração. Ele é essencial para o funcionamento destas células.
  2. O excesso de colesterol pode ser a causa de infarto e do AVC (Acidente Vascular Cerebral) – O excesso de LDL é que está associado às doenças cardíacas. O excesso de colesterol bom (HDL), por outro lado, até protege das doenças cardíacas. Por isso, quando medimos o colesterol total no sangue, precisamos sempre saber o quanto se deve ao colesterol bom e o quanto se deve ao ruim. Só o ruim precisa ser tratado.
  3. O excesso de colesterol ocorre por fatores genéticos e alimentares – Cerca de 70% do colesterol no sangue vem do fígado e apenas 30% vêm da alimentação. Depois de passar pela circulação sanguínea, o colesterol precisa ser removido novamente pelo fígado para formar bile. Os níveis de colesterol no sangue dependem, portanto, principalmente da capacidade do fígado em removê-lo. Isso varia de pessoa para pessoa.
  4. Pessoas magras podem ter colesterol alto – É importante saber que ter excesso de peso não significa ter colesterol alto. Isso porque os níveis de colesterol no sangue dependem muito mais da taxa de remoção do colesterol pelo fígado, que é genética. Se você tem um parente de primeiro grau (por exemplo: pai, mãe, irmãos) com colesterol alto, sua chance de ter colesterol alto é maior.
  5. O colesterol ruim forma placa de ateroma – O excesso de LDL (colesterol ruim) causa doenças vasculares porque se deposita, sem dar sintomas, na parede interna das artérias e gradualmente vai formando uma placa chamada ateroma. Estas placas de ateroma vão obstruindo gradualmente as artérias e podem acabar causando Infarto agudo do miocárdio e AVC.
  6. Importante controlar os outros fatores de risco – Leva muitos anos para uma placa de ateroma se desenvolver e, com isso, provocar infarto ou AVC. Quanto mais avançada a idade, maior o risco. É muito importante então, manter também os outros fatores de risco tradicionais bem controlados. Além dos níveis de LDL, é preciso controlar a glicose, a pressão, parar de fumar e reduzir o peso, quando excessivo.
  7. É importante manter o estilo de vida saudável – O estilo de vida é fundamental na redução do risco de infarto e AVC. É importante fazer atividade física regular, evitar gorduras saturadas e gorduras trans (presentes em alimentos industrializados) e parar de fumar são medidas a serem seguidas. Os alimentos que mais aumentam o colesterol são o bacon, a pele da carne das aves, a manteiga, o creme de leite, a nata, as frituras, as salsichas, e embutidos e a carnes.
  8. Todos acima de 10 anos devem dosar o colesterol – Adultos e crianças acima de 10 anos devem dosar o colesterol e suas frações pelo menos uma vez. Se elevados, deve-se consultar um endocrinologista para definir o risco cardiovascular individual e planejar um tratamento adequado.
  9. O tratamento é preventivo e permanente – O tratamento do colesterol deve ser preventivo e para a vida toda. O objetivo é reduzir o risco cardiovascular. Não adianta tratar por um período e depois abandonar o tratamento, pensando em cura. Na verdade, é importante buscar sempre o controle com tratamento e mudanças no estilo de vida.
  10. O tratamento reduz mortalidade – As estatinas são as medicações mais importantes no controle do colesterol. O tratamento adequado reduz a mortalidade. A cada 40mg/dL de colesterol LDL reduzido, a mortalidade por infarto se reduz em 20%. Portanto, quanto mais alto o colesterol, mais importante é o tratamento.

O Hospital Santa Virgínia possui um Centro de Cardiologia com especialistas no tratamento da dislipidemia. Para mais informações acesse hsv.org.br/ centro-de-cardiologia-e-cirurgia-cardiaca/ ou ligue (11) 2799-3230.

 

Este conteúdo foi avaliado pelo Dr. Mauro Dirlando (CRM 75.704), médico do Hospital Santa Virgínia

Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)