A artrite reumatoide ocorre principalmente em pacientes de 30 a 50 anos, sendo mais comum no sexo feminino devido à predisposição genética. A Sociedade Brasileira de Reumatologia estima que a doença acometa duas vezes mais as mulheres do que os homens.

De acordo com a Dra. Elaine Nespoli, reumatologista do Hospital Santa Virgínia, a artrite reumatoide é uma doença autoimune inflamatória, crônica e progressiva que causa dor, calor, vermelhidão e inchaço nas articulações, podendo levar a deformidades articulares com danos irreversíveis. Além das articulações, a doença pode afetar órgãos como os olhos, coração, pulmões, rins, pele, entre outros.

 

“É importante ficar atento aos sintomas como dor articular persistente por mais de dois meses, com sinais de inflamação, e rigidez matinalApresentando esses sintomas e tendo familiares com artrite reumatoide, deve-se procurar um médico especialista”, orienta.

Os sintomas da artrite reumatoide são classificados em leves, moderados ou graves. Geralmente, o paciente tem dores nas articulações (punhos, dedos, cotovelos, ombros, joelhos e pés), podendo ser de forma simétrica (atinge os dois lados do corpo) ou assimétrica (afeta somente um lado dos membros, por exemplo, joelho direito e mão esquerda).

“Alguns pacientes apresentam também a rigidez matinal. Acordam com a sensação de estar travados, com as articulações rígidas, precisando se movimentar aos poucos para voltar ao normal. Esse processo costuma durar, em média, de trinta minutos até duas horas”, esclarece a médica.

Ainda não há formas de prevenir a doença, porém, é importante observar os fatores de risco (herança genética, obesidade e tabagismo) e os sintomas, para diagnosticar rapidamente e iniciar o tratamento, evitando danos articulares.

 

O diagnóstico é realizado em consulta com o reumatologista (o profissional fará uma análise detalhada do paciente com exame físico) e, se necessário, com exames complementares (laboratoriais e de imagem).

Existem diferentes formas de tratamento, conforme o estágio da doença. Podem ser à base de anti-inflamatórios hormonais e não hormonais, antimaláricos e analgésicos.

“Hoje existem, também, remodeladores, imunossupressores e os medicamentos biológicos, que permitem que a doença entre em remissão (estado em que os sintomas não estão ativos)”, finaliza a reumatologista.

Consulte sempre um médico especialista e evite a automedicação.