A dor invisível que merece atenção 

 

A fibromialgia é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas, sendo mais comum entre as mulheres. Caracterizada por dores musculares generalizadas, fadiga intensa e distúrbios do sono, ansiedade e depressão, essa síndrome ainda é pouco compreendida e, muitas vezes, cercada de preconceitos. 

Por não causar inflamações visíveis ou alterações em exames laboratoriais, a fibromialgia é diagnosticada com um bom exame físico do paciente e uma boa anamnese. No entanto, seus impactos na qualidade de vida são profundos, exigindo atenção, tratamento adequado e, acima de tudo, empatia por parte da sociedade. 

Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem: 

Dor generalizada e persistente: Sensação de dor constante, que pode piorar com estresse ou esforço físico. 

Fadiga extrema: Mesmo após uma noite inteira de descanso, a pessoa acorda cansada. 

Distúrbios do sono: Dificuldade para adormecer ou sono não reparador. 

Sensibilidade ao toque e mudanças de temperatura: Pequenos estímulos podem ser dolorosos. 

Dificuldades cognitivas: Problemas de concentração, lapsos de memória e sensação de “neblina mental” (chamada de fibro fog). 

Ansiedade e Depressão: Nesses casos o paciente pode precisar de acompanhamento psicológico e psiquiátrico.  

Além dos sintomas físicos, muitos pacientes enfrentam o desafio da incompreensão. Por não ser uma doença visível, algumas pessoas duvidam da dor relatada, tornando a jornada ainda mais difícil. 

A fibromialgia não tem cura, mas os sintomas podem ser controlados com uma abordagem multidisciplinar. O tratamento envolve o uso de medicamentos, como analgésicos, antidepressivos e relaxantes musculares, que ajudam a aliviar a dor e melhorar a qualidade do sono. 

Além disso, a prática de fisioterapia e exercícios físicos leves, como alongamento, pilates e hidroginástica, contribui para reduzir a rigidez muscular e aumentar a mobilidade. A terapia cognitivo-comportamental também pode ser uma aliada importante, auxiliando no manejo da dor e na adaptação às limitações impostas pela doença. 

Práticas de relaxamento, como yoga, meditação e técnicas de respiração, ajudam no controle do estresse e da ansiedade, fatores que podem agravar os sintomas. Para garantir mais qualidade de vida às pessoas que convivem com essa condição, o acompanhamento médico contínuo e a adoção de hábitos saudáveis são fundamentais. 

O Fevereiro Roxo reforça a importância de conscientizar a população sobre doenças crônicas como a fibromialgia. Se você ou alguém próximo enfrenta essa condição, lembre-se: a informação é a melhor aliada no combate ao preconceito e na busca por qualidade de vida. 

 

Este conteúdo foi avaliado pela Dra. Elaine Nespoli, hematologista do HSV