O que causa o refluxo?
Confira orientações da Dra. Priscila Pádua, cirurgiã do aparelho digestivo do HSV, e saiba como se prevenir
Popularmente conhecida como “azia”, a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é o retorno do conteúdo ácido do estômago para o esôfago, ocasionando sintomas desagradáveis. O refluxo é causado, principalmente, por alterações no esfíncter que separa o esôfago do estômago, que deveria funcionar como uma válvula para impedir o retorno dos alimentos.
Quando não tratada adequadamente, a doença pode provocar esofagite (inflamação crônica da mucosa que reveste o esôfago), estenose (estreitamento da parede esofágica), úlceras, hemorragias, alteração nas células do esôfago (esôfago de Barrett) e, até mesmo, o câncer esofágico.
Principais sintomas
- Azia: sensação de queimação na região do estômago que irradia até a base do pescoço;
- Regurgitação: retorno do conteúdo ácido, podendo chegar até a boca;
- Dificuldade para engolir: sintoma que pode estar relacionado a alguma complicação da doença;
- Outros (menos comuns): tosse crônica, rouquidão, asma, erosão dentária e dor torácica.
Fatores de risco
- Hérnia de hiato: provocada pelo deslocamento da transição entre o esôfago e o estômago, que se projeta para dentro da cavidade torácica;
- Aumento da pressão intra-abdominal, por exemplo, na obesidade e na gestação;
- Hábitos alimentares inadequados;
- Tabagismo e alcoolismo.
Diagnóstico
Pode ser feito por meio da avaliação clínica, mas alguns exames como a Endoscopia Digestiva Alta e a pHmetria esofágica podem ajudar no diagnóstico definitivo. “Vale salientar que a endoscopia deve ser realizada por todos os pacientes com mais de 40 anos, com sintomas crônicos e na presença de sinais de alarme (dificuldade para engolir, perda de peso, vômitos, hemorragia digestiva e história familiar de câncer)”, explica a cirurgiã do aparelho digestivo.
Tratamento
Pode ser clínico ou cirúrgico.
Clínico: inclui a administração de medicamentos que diminuem a produção de ácido pelo estômago e aceleram o esvaziamento gástrico. Além de mudanças de hábitos e alimentação adequada.
Cirúrgico: pode ser feito de maneira convencional ou por videolaparoscopia, técnica cirúrgica minimamente invasiva. Em ambos os casos, é confeccionada uma válvula antirrefluxo.
“Sempre evite a automedicação. O medicamento pode amenizar os sintomas, fazendo com que o paciente não procure o médico, atrasando, assim, o diagnóstico e aumentando o risco de complicações”, alerta a Dra. Priscila Pádua.
O Hospital Santa Virgínia realiza o tratamento de doenças do aparelho digestivo, contando com equipe médica especializada – clínica e cirúrgica.
Contribuiu para este conteúdo:
Dra. Priscila Pádua - cirurgiã geral e cirurgiã do aparelho digestivo | CRM: 170.420
Fonte: Assessoria de Comunicação do Hospital Santa Virgínia | Publicado em: 29/5/2020